Como se tornar um Neurocientista


Quando você pergunta a uma criança: "O que você quer ser quando crescer?" muitos vão responder: "Eu quero ser médico" ou "Eu quero ser engenheiro". Dificilmente algum dirá "Eu quero ser um neurocientista." Mesmo assim, muitas pessoas seguem carreiras que se baseiam no estudo do sistema nervoso, pois, como eu disse no primeiro texto, a Neurociência é uma ciência interdisciplinar. Portanto, há espaço para todos. Por exemplo, a Sociedade de Neurociência, uma organização internacional de cientistas que estudam o sistema nervoso, tem mais de 38.000 membros.


É importante ressaltar desde o início que não existe graduação em Neurociência aqui no Brasil: Os neurocientistas são biólogos, biomédicos ou médicos - mas vários vêm da física(como eu) ou engenharia, por exemplo.


Então, o que fazer?



A formação de um neurocientista começa após a graduação, ou seja, na pós-graduação. E há várias áreas da Neurociência a serem exploradas. Cada programa de pós-graduação tem seus critérios, mas deve-se saber que é quase sempre necessária a apresentação de um Projeto de Pesquisa, apoiado por um pesquisador do programa escolhido(muito provavelmente, seu orientador).


Quais as áreas a serem exploradas?


Há diversos tópicos a serem estudados quando falamos em Neurociência. Selecionei algumas áreas bem bacanas da Neurociência para que você tenha uma ideia do que pode ser feito dentro ciência interdisciplinar.



Onde encontrar programas de pós-graduação


No site de uma Neurocientista(Suzana Herculano-Houzel) achei uma lista muito legal de vários programas de pós-graduação em Neurociência espalhados pelo Brasil. Para saber mais, clique aqui. Caso você esteja interessado em um programa de pós-graduação no exterior, clique aqui

Onde encontrar programas de graduação


Como eu disse, aqui no Brasil ainda não há graduação em Neurociência, mas em alguns países isso já existe. O processo para a entrada nas universidades do exterior são um pouco diferentes do que estamos acostumados por aqui(há provas diferentes, entrevistas, exames de língua estrangeira, etc). Mas de qualquer forma, para quem se interessa em ir diretamente para a área, vale a tentativa. Achei também uma lista de vários programas de graduação em Neurociência. Para saber mais, clique aqui.


Uma coisa que vale ser citada é que há possibilidade de ingressar na Neurociência ainda na graduação aqui no Brasil através de programas de Iniciação Científica. Há várias universidades por aqui que fazem pesquisas em Neurociência e há como já participar de alguns projetos de pesquisa tendo um orientador, como estou fazendo atualmente.

Feito por: Andressa Freires; Graduanda em Física Computacional - IFSC/USP; Aluna de Iniciação Científica - Grupo de Neurobiofíca - IFSC/USP.